sábado, 23 de outubro de 2010










Feliz 4 meses *-*


 
Não sou, nunca fui e não quero ser santa. Me recuso, entretanto, a fazer parte do mal, independente do que mal seja. Vou continuar falando palavrão, me apaixonando e enchendo a casa de corações de papel, maltratando minha mãe às vezes e depois me sentindo escrota e injusta, ainda vou fazer muitos amigos errados,  vou viajar quilômetros por amor aos meus irmãos, aos meus amores. Vou ser assim porque, na verdade, eu já sou tudo isso. Tá tudo errado e tá tudo certo. Tá tudo mudando e tá tudo bem. No final da vida, como eu já disse outras vezes, quero ter um colar de pérolas minhas pra mostrar pros meus netos e, olha só, às vezes eu quero tê-los (os netos), outras não. Daqui há pouco tudo muda, mas eu ainda vou querer estar com você porque, é fato, você me mudou.

Vem cá amor, me chama de “mentirosinha”.

Rani Ghazzaoui

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Meu bom namorado.


Um bom namorado é aquele cara que surgiu quando você nem acreditava que poderia existir um cara como ele. Foi uma surpresa! Um presente. Alguma coisa de Deus, mesmo. Esse cara te faz carinho o dia inteiro, muito. Muitas coisas, muitos dias, às vezes não muitos. Você queria que fosse mais. Que ele fosse o primeiro cara que você admirou depois do seu pai, do Superman, do Ken, do Dr. Shepherd e do Jude Law, mas esses apareceram antes. Às vezes o bom namorado nem é namorado ainda, mas te leva pro Carnaval, faz leite quente para você tomar e cede a própria cama para você dormir mais à vontade. Um bom namorado é seguro de que ele é o namorado. Nem menos, um pouco mais, talvez, mas ele não enrola e pouco tempo depois ele compra uma escova de dente para você. Esse cara é o máximo e faz você sentir abuso de todos os outros caras da tevê. O bom namorado é fiel, não por que ele faça esforço para ser, mas é que não falta nada em casa, nem segurança, nem respeito, nem carinho , vontade de ser uma pessoa só a vida inteira, não falta absolutamente nada, nem sobra. Um bom namorado é na medida de tudo, até das discordâncias. Um bom namorado é super herói, é cowboy, é menino, é da praia, é piloto, é príncipe, é mago, é jogador de futebol, de tênis, é cavalheiro, é do rock, é britânico, é sorte. Um bom namorado é a mais pura sorte. Ele é seu companheiro, é seu melhor amigo. O bom namorado é o melhor, em todos os verbos, tempos e modos. É um cara do bem, respeita a família, os amigos e até os desconhecidos no trânsito. Um bom namorado preza pelo seu conforto, seu lazer, sua saúde, seu sorriso. Seu sorriso escova os dentes antes de dormir. Ele tem um olhar de menino, alma de menino, ele quer um menino e quer ser menino também, é uma confusão nessa hora! Um bom namorado pede você em casamento, sem festa, sem fogos, sem alarme, sem dúvida, sem pressa, sem você esperar, ele vai lá e … pam! “Quer casar comigo?” E escolhe uma aliança a sua cara e te leva para jantar e tomar um vinho e gagueja e chora e não precisa dizer nada para que você entenda que aquilo é verdade. É o sentimento mais sincero. Um namorado tem um coração sincero e chora de felicidade. Na verdade ele chora quando você chora só de olhar fundo naqueles olhos de menino e pensa: Deus, obrigada! Ele está com você até debaixo d’gua. Ele sabe manter uma chama ou aumentá-la. Ele sabe seu peso, sua textura, sua densidade, seu volume, sua temperança, seu ânimo, seu limite, seu valor. O bom namorado se diverte com você, dança com você, brilha com você, faz planos com você. Ele admira tudo em você, mas não quer ser você, respeita sua individualidade, sua senha, seu email, seu passado, seu projetos, suas sacolas no shopping, seu estresse no trabalho, sua pressa, sua TPM e quando você quer explodir ele se afasta e espera. E você fica com tanta vergonha que muda de humor no mesmo segundo. Um bom namorado é um balde de água fria, duas Neosaldinas, um sofá calminho, um pote de pipoca, um filme com final feliz. É o cara que lava o seu cabelo quando você está tão cansada e cheia de spray que não consegue nem levantar os braços. Um bom namorado não se importa com os livros que você leu e com os que você quer ler, ele não compete. O bom namorado quer ter um filho pra ontem e faz com que você, que nem pensava nisso, queira logo crescer, casar, ter estabilidade e correr para brincar no parquinho. No Ipod do bom namorado tem todas as músicas que você queria ouvir, mas ainda não sabia. No quarto dele tem uma infância linda, carrinhos, carinho, convite para colinho. O coração dele não tem passado. O bom namorado cuida de você com o carinho de mãe, a segurança de pai, o sorriso de uma amiga, a perícia de um médico, o companheirismo de uma irmã e o amor de um cara. Você enche a boca para dizer que ele é um bom namorado com a convicção de que essa é a verdade fundamental. E muito tempo depois de encontrar o bom namorado você ainda não sabe se ele é anjo, se ele é mágico, se ele existe ou se ele é um sonho. Ele é o homem mais bonito do mundo, ele é um cara que só de olhar dói a alma. Ele é o cara cujo momento mais perfeito é de madrugada, com a cara de sono, o cabelo assanhado por baixo de um boné de piloto que ele só usa de madrugada e óculos de grau (que também só aparece nas madrugadas) ele pega um chinelo três número maior que o seu pé só para você não precisar calçar um sapato alto demais para as três da manhã. O bom namorado é da vida (inteira).

quinta-feira, 14 de outubro de 2010



"Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor. Talvez eu esteja fantasiando, sei lá. Mas a impressão foi fortíssima, nunca ninguém tinha me perturbado tanto."

*falaram que foi escrito pra mim...até parece :P

"O vento jogou seus cabelos ruivos sobre a cara. Sacudiu a cabeça para afastá-los e saiu andando lenta em busca de uma rua sem carros, de uma rua com árvores, uma rua em silêncio onde pudesse caminhar devagar e sozinha até em casa. Sem pensar em nada, sem nenhuma amargura, nenhuma vaga saudade, rejeição, rancor ou melancolia. Nada por dentro e por fora além daquele quase-novembro, daquele sábado, daquele vento, daquele céu azul - daquela não-dor, afinal".
c.f.a.