terça-feira, 21 de junho de 2011



 


Quando você chegou, trouxe junto na bagagem algo tão intenso que cegou o passado, ele pouco importa, tudo que veio antes ficou lá, no antes… e a gente tá aqui, construindo nosso depois. Com dificuldades, óbvio, e não poucas… mas quando tudo escurece, quando tudo parece perdido, eu suspiro e digo: quero você… e você responde: eu quero você. Tudo volta a ser colorido. Mas sabemos que o cinza volta, que ele é companheiro fiel dos dias. Mas quando ele insistir em permanecer por muito tempo, a gente vende uns discos e compramos tinta guache… pintamos as paredes de laranja, e assim, vai estar sempre amanhecendo, colamos umas estrelas no teto pra quando quisermos que todo dia seja noite e faremos um sol com carinha feliz, igual nos desenhos animados. A gente pode passar pela amargura de forma doce e sublime. Se a gente tiver a gente. O resto é supérfluo. Provamos que podemos tudo, quando provamos que podemos ser tão um, sendo tão dois. E adoro quando ocorre a unificação. Tão eu, tão sua!


Fernanda Gregório

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