sábado, 30 de abril de 2011

One last cry.!


 


Há dois anos eu não a conhecia. Passei 26 anos sem sequer imaginar alguém com esse nome, esse cabelo, essa voz, essas pernas, essa família, essa pele, esse mundo. Agora acabei de pegar a jaqueta dela, esquecida no quarto. Naturalmente, sem assombro, como se eu fosse passar o resto da eternidade ao lado dessa menina linda. A impermanência não é tão fácil de ser percebida. É preciso fazer um esforço constante para lembrar, contemplar, detectar a impermanência agindo em escalas maiores e mais sutis do que o evidente e cotidiano fluir do tempo. É por isso que, para facilitar, lembramos que em breve estaremos todos mortos. Fica mais fácil condensar a contemplação de todas as pequenas impermanências em duas: a própria morte e o esfriamento do sol.


Gustavo Gitti, um moço com um feeling supremo

Nenhum comentário:

Postar um comentário