sexta-feira, 16 de abril de 2010



Quem fica com o amor da gente é sempre p..., não dá pra negociar. Tá bom "aquela vaca" também serve. Na piscina ela te olhou e me disse que te achava gordo e careca. Eu morri de rir porque você está mesmo um tanto quanto, mas olhei de volta e te achei todo lindo. Aquela vagabunda (também dá) estava fingindo desinteresse! você acha que eu estou sendo vulgar? Ora amor meu, eu comecei toda doce lá em cima, mas agora o sangue me subiu e o nível caiu. (...)
Eu te amo poxa! Eu fico muito magoada! Não é humilhação que sinto, porque eu acho tudo tão bobo, tão adolescente, que me bate um desprezo. Depois acabo compreendendo a chatice inteira, e fico é muito triste. Parece às vezes que o avesso vai me sair pra fora cortado em pequenos pedaços de carne mutilada. Estou sendo melodramática, você acha? Às vezes a gente perde mesmo a delicadeza, e a educação vai junto, benzadeus! (...)
Eu sei que se aparecer na sua frente, seu coração dispara. Eu sinto bobo, quando você me abraça, aquele bumbo rebatendo no meu peito. Pois o meu coração, outro dia disparou com uma foto - tonta que eu sou... Estava tirando você do porta - retrato da estante com raiva - as vezes bate uma vontade de te surrar - e você ali sorrindo pra mim com seus dentes perfeitos. Não tirei mais, deixei bem onde estava, na prateleira da sala, sabe? Sinto saudades suas. Nem sei porque ligo tanto prum sujeito teimoso que procura fora o que o afasta do que ele mais quer. Vou te internar. Se adiantasse... Mas não adianta. Sou eu sua cura, por isso você foge. E sou sua droga por isso você volta. Eu sou sua droga, por isso você foge, mas sou sua única cura, por isso você volta sempre. Volta logo, vá, já te dei linha demais. To cansada dessa encrenca. Quero paz. (...)
Mas pensando bem, você me faz doer. Volta não meu amor. É que a distancia, o tempo, sei lá, foi mostrando que... eu sem você, até que passo bem demais. (...)

Maitê Proença

Nenhum comentário:

Postar um comentário