sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Pra sagrada sexta-feira.



Ando sem saco. Fato!

Ando desleixada com meus pensamentos, meio irritada com sentimentos. Meio em branco, sem sentimento. Não estou sentindo nada!



Faltam palavras, fruto da falta de sentimentos. Faltam amores. Falta ele pra me por palavras na boca. Pra por calafrios na espinha e por letras no meu teclado. Falta alguém pra eu poder suspirar. Mas será que é disso que eu vivo? Acho que não. Na verdade é disso que meu blog vive. Ele vive de paixões. De ilusões e platonismo. Dão Ibope que é uma beleza. Quando eu sofro, eles me aplaudem. Quando eu choro eles me visitam. Ainda não aprendi a escrever quando estou no intervalo: sabe aquele espaço de tempo que nada de importante acontece? Ainda não aprendi a falar desses momentos. Aí chegamos a tal falta de inspiração. Cansei! Cansei de não ter o que falar e começar a escrever “como é chato não ter inspiração”... Sabe por quê? Pois não me afeta em nada! Pode afetar ao blog, às visitas diárias que ele recebe. Mas não me afeta não.



Não me afeta em nada não ter pra quem ligar no fim do dia. Depois que eu tomo banho só Deus sabe o quanto é bom agarrar o travesseiro e se por a dormir sem ter que pensar “no que ele está pensando” ou “onde é que ele está” ou fazer DRs mentalmente torcendo “tomara que eu não esqueça de tudo no dia seguinte” e assim, ir pegando no sono. Isso é chato. E eu não sinto falta. Nem sinto falta de viver grudada ao telefone esperando uma ligação, uma mensagem de texto. Meu bolso agradece a ausência de mensagens durante a madrugada, as ligações intermináveis e as brigas “via Embratel”. Não me faz nenhuma falta! Já posso escutar qualquer música pelo simples prazer de escuta-las, não mais para tentar encaixar a mim e a ele em cada estrofe. Meu email agradece a calmaria, a ausência de e-mails melosos, ríspidos, ciumentos e até daqueles musicais (breguíssimo!). E com certeza eu não sinto falta dos discursos dúbios e das mentiras. Das suposições e da desconfiança.



Eu estou bem assim. Sem nada nem ninguém. Me preocupando com problemas maiores. Sem ter que viver a minha vida e a dele. Sem ter que pensar por mim e por ele. Me por no lugar, ponderar... Tudo isso cansa! Eu to bem, diacho! Eu to bem! Quem foi que disse que pra estar completa precisa estar com alguém?



Irritada e contraditoriamente irônica.

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